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O notável aparecimento de loteamentos em Botucatu exige a criação de um Plano Urbanístico capaz de proporcionar autonomia aos novos bairros. Essa é a tese defendida pelo vereador Bittar [PCdoB] para tentar consolidar um crescimento organizado e planejado para a Cidade.
A questão foi tema do requerimento nº 1211/2011, apresentado pelo parlamentar na última Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Botucatu. A propositura foi aprovada por unanimidade pelos demais vereadores.
De acordo com Bittar, entre os preceitos desse Plano Urbanístico está a descentralização comercial do Município. O parlamentar exemplifica a questão apontando o caso da Vila dos Lavradores [conhecida como ‘Bairro] – região na qual seus moradores não precisam se dirigir ao Centro da Cidade para realizarem compras, pagamento de contas, acesso aos equipamentos públicos, trabalho, entre outros serviços restritos à região central.
Segundo Bittar, essa estrutura proporciona uma série de benefícios à população, entre eles a não exigência de veículos para deslocamento que, por consequência, contribui para o Meio Ambiente. O parlamentar defende que essa perspectiva de planejamento urbano é o início de um círculo virtuoso de melhoria na qualidade de vida da população.
No requerimento que estimulou o debate sobre a necessidade de criação de um Plano Urbanístico para Botucatu, Bittar foca no caso dos novos loteamentos oriundos do “Programa Minha Casa, Minha Vida”, do Governo Federal – os Residenciais Santa Maria I e o Maria Luiza, este último ainda em construção e que contará com cerca de 800 novas residências.
Na somatória habitacional resultante dos referidos residenciais e bairros adjacentes serão cerca de 7 mil botucatuenses. “Esses munícipes terão de se deslocar ao Centro da Cidade para qualquer atividade cotidiana”, salienta. Um possível aumento demasiado na demanda do Posto de Saúde da região e a falta de vagas em creches e escolas também preocupam o vereador.
Dentro dessa perspectiva, Bittar defende que um urbanismo harmônico e planejado deve contemplar três pilares: habitação, trabalho e lazer. “Esse é o modo mais correto e moderno para organizar a Cidade, de forma que cada região seja independente entre si”, ressalta.
Conforme Bittar, no caso dos residenciais Santa Maria I e Maria Luiza, essa discussão já está atrasada. “No prazo de, no máximo, seis meses os novos moradores já ocuparão suas casas, sem equipamentos públicos suficientes e estrutura comercial que proporcione independência ao bairro em relação ao Centro da Cidade”, diz. O parlamentar sugere uma área existente entre os loteamentos para implantação desse espaço comercial.
Por isso, Bittar defende a realização de reuniões urgentes para definir os aspectos que organizarão o crescimento e o desenvolvimento local, ou seja, a criação de um Plano Urbanístico Misto que exija a instituição de bolsões de prestação de serviços urbanos, sociais, comércio e lazer em cada novo loteamento de Botucatu. O parlamentar também vai propor a realização de uma Audiência Pública para debater a questão. “Temos de acelerar o processo desta vez para que em novas oportunidades não tenhamos de correr para reverter futuros prejuízos na organização urbana”, finaliza o vereador Bittar [PCdoB].
Fonte: Assessoria de Imprensa/Câmara Municipal de Botucatu
Foto: André Luís Lourenço/CMB
Publicado em: 24 de novembro de 2011
Publicado por: Imprensa
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Categoria: Notícias da Câmara