Lelo Pagani pede que restos mortais de Hernani Donato sejam transferidos para Botucatu
Lelo Pagani pede que restos mortais de Hernani Donato sejam transferidos para Botucatu
Na sessão da Câmara Municipal do último dia 3, foi aprovado um requerimento de autoria do vereador Lelo Pagani [PT], que solicita ao Poder Executivo, a possibilidade de com a permissão da família, trasladar os restos mortais para Botucatu do escritor botucatuense Hernani Donato, escritor de várias obras literárias e em especial o livro “Achegas para a história de Botucatu”.
O vereador defende seu pedido. “Matéria do site Acontece Botucatu nos informou recentemente que o escritor botucatuense “Francisco Marins” gostaria que os restos mortais do escritor botucatuense “Hernani Donato”, falecido em novembro de 2012 em São Paulo aos 90 anos, fosse trasladado para Botucatu. Segundo o escritor, esse propósito, já foi aprovado pela família e ele acredita que as autoridades e o povo de Botucatu, em uníssono, compactuarão para que Hernani Donato, nascido em Botucatu à Rua Leônidas Cardoso, por esforço do nosso Centro Cultural, Academia Botucatuense de Letras [ABL], do nosso Convívio Espaço Cultural e de toda a população tenha seus restos mortais trazidos para Botucatu. É importante que tenhamos aqui em nossa cidade os restos mortais de tão grande escritor, autor de inúmeras obras primas, entre elas o livro que é a base da história de nosso município “Achegas para a história de Botucatu”, Acredito que o Poder Executivo possa ajudar nesse sentido, por isso meu pedido ao Prefeito Municipal”, informa Pagani.
HERNANI DONATO
O escritor Hernani Donato era historiador, jornalista, professor, tradutor e roteirista brasileiro, Hernani Donato faleceu no dia 22 de novembro de 2012, no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
Donato ocupava a cadeira nº. 1 da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras e a cadeira nº. 20 da Academia Paulista de Letras;
Hernano Donato nasceu em Botucatu em 12 de outubro de 1922 e aos 11 anos iniciou-se na literatura escrevendo [a quatro mãos com Francisco Marins] o romance infantil “O Tesouro”, publicada em capítulos no suplemento literário de um jornal dos Diários Associados. Estudou dramaturgia [na Escola de Arte Dramática] e sociologia, curso que abandonou para se aventurar em uma expedição que desbravaria uma antiga trilha indígena até o Paraguai, chamada de Caminho do Peabiru. Foi presidente, em duas gestões sucessivas, do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Foi membro da Academia Paulista de História, sócio-correspondente do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba e do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais. Colaborou com várias revistas — entre elas, a Veja — e jornais, e atuou na TV Tupi, TV Record, Nacional [antecessora da TV Globo]. Foi funcionário público municipal e federal. Participou da comissão organizadora dos festejos do IV Centenário da cidade de São Paulo [1954] e de outros programas culturais.